Balanço de 2015 | Mãegazine

Este é o meu 100º artigo publicado. Hooray! Achei por bem fazer dele o artigo do balanço do ano.

balanco maegazine 2015

Comecei este site em meados de Maio de 2015. Há 7 meses, portanto. Apesar de ser um projecto recente, foi um projecto muito maturado, até se tornar uma realidade, com a compra do domínio. 2015 foi por isso, entre outras (importantes) coisas, o ano do site.

É um cliché dizer-se que o caminho se faz a caminhar, mas é a mais absoluta das verdades. Tinha uma ideia mais ou menos vaga do que queria, com algumas directrizes muito claras – sendo a principal a clareza e qualidade gráfica das imagens escolhidas e do site em si. Inspirada pelo The Art of Simple, queria um site que fizesse a intersecção entre uma vida simples e a maternidade e a arte de educar a prole.

Como vocês que me lêem, e que provavelmente terão filhos, estou a braços com o caos que é ter 3 filhos com idades até aos 6 anos. Uff! Ainda hoje, à conversa com uma amiga com 2 miúdos (que tenho em altíssima consideração e acho que é uma mestre zen em pessoa), tive a confirmação de que estamos todos no mesmo barco. O cenário pode ser mais ou menos idílico – mini casa porque não há dinheiro para mais ou mega hotel luxuoso para receber a família – mas o argumento do filme é sempre o mesmo: noites mal dormidas, ciúmes entre irmãos, birras e berros, recusa para comer/calçar/vestir/etc/etc/etc.

Claro que faz diferença o cenário, quanto melhor, melhor, mas seja qual for o ponto de partida, o conteúdo é semelhante – caos, confusão, exaustão, cansaço. Isto porque não há volta a dar:

Educar um filho é a mais árdua tarefa das nossas vidas.

uff maegazine

Já por aqui diversas vezes referi o facto de que há muita gente a tapar o sol com a peneira, a vender ilusões e imagens de uma perfeição que não existe. Como criaturas exaustas que somos (pelo simples facto de criar a prole) gostamos de uma boa ilusão e lá vamos nós beber essas imagens, culpabilizando-nos no íntimo por não sermos assim, ou colocando a ênfase nas diferenças (do cenário atrás referido). Ah, se eu tivesse _____________ (preencham o que quiserem) também tinha assim uma família perfeita. Bullshit (pardon my french).

Este preâmbulo todo apenas para dizer que esta é a postura do site: Não há cá fotos com photoshop. Há photoshop sem fotos.

Nestes 7 meses de Mãegazine deu para ‘conhecer’ gente bem gira, que anda igualmente por estes meandros blogueiros. Os Índios e Cowboys até me elegeram a índia do mês! E a Diana Ferreira do Taquid escreveu 2 artigos aqui para este espaço. Isto já para não falar noutros encontros via Facebook ou comentários em blogues. Há gente gira por aí. E que me lê ainda por cima ❤ Estou muito grata e só por isso já valeu a pena! 😀

Seria hipócrita da minha parte negar que os números não são importantes – de visitas, partilhas ou seguidores via redes sociais. Mas posso adiantar que a esmagadora maioria das visitas se deve a um único artigo, que não é meu, mas é uma tradução de um artigo bem interessante – frases para estimular o amor próprio do teu filho. Foi uma semana louca, aquela em que tive 50 mil visitas em 4 dias! Já posso dizer que fui uma estrela do rock na net 😎

Este Jackpot foi um bom pontapé de saída, que permitiu que o site chegasse a mais pessoas, que de outra forma demoraria muito tempo a contactar. Mas tirando essa louca semana de Julho, o resto é trabalho consistente e paciente. Aliás só assim se consegue alguma coisa.
Que coisa? Para que é que os números são importantes (esta história dos números faz-me pensar na conversa do Principezinho com o aviador…)?
No fundo para me dar ânimo para continuar, que não estou sozinha, que há mais gente que procura o mesmo que eu – ser melhor mãe e pessoa em geral, ter mais paz de espírito neste caos que vivemos, tentar viver uma vida simples num mundo demasiado ruidoso e consumista.

ok maegazine

Isto do ânimo e da claque de apoio é mesmo importante, porque para alimentar este site roubo muito a outros aspectos da minha vida. Ao contrário do cenário no qual se desenrola a nossa história, todos estamos em pé de igualdade: temos 24h por dia. Acumulamos trabalhos por conta de outrem ou trabalhamos por conta própria, lidamos com o stress de ter trabalho a mais ou trabalho a menos, tentamos dormir o mais possível para não nos esgotarmos e ainda temos tudo o resto pelo meio. Mas é neste tudo o resto que se joga boa parte das nossas vidas – o tempo que gastamos reflecte, ou não, as nossas prioridades. E o tempo vai num só sentido.

Sou honesta – gosto de estar aqui e já me habituei a um espaço onde posso desenvolver ideias (já fui criticada por ser demasiado palavrosa, mas assumo o risco de perder eventuais leitores não fazendo cedências editoriais). Aqui reúno ideias que gostaria de colocar em prática – mais do que consigo realmente fazer (não será assim, afinal, com todos?) (e ainda faço umas bonecadas que me dão gozo desenhar).

Mas não é evidente que consiga manter este ritmo que me auto imponho e que consiga actualizar com a regularidade com que tenho feito. Sobretudo porque faço 400 revisões para que fique perfeito, sem erros, com links certos, com a imagem que melhor se adequa… Só eu sei as horas infinitas que aqui gastei – e gasto! O preço tem sido, até agora, muuuuuuita falta de sono, com o que isso traz para o humor cá de casa. You control the weather, já dizia a outra, e o tempo tem andado tempestuoso por estas bandas.

Aaaaaaaaaah. Quem não aparece, esquece, e a voragem dos dias e a profusão de conteúdos faz com que se não estamos, somos rapidamente esquecidos. Mas por outro lado onde é que sou mais importante? Para uma (ainda que crescente) comunidade de pessoas, ou para a minha mini tribo de 5? E os amigos de carne e osso, que passou um ano que não vi amigas/irmãs, apesar de vivermos a poucos quilómetros de distância? Apregoo uma vida mais presente e depois estou ausente, colada a um ecrã (diga-se de passagem que só o faço à noite, quando de todas as formas não dava para ver ninguém fora de casa)?!

Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah

aaaaaah maegazine 2016

Posto este momento de silencioso grito gutural, vou mas é fechar o computador e repensar a minha vida e pensar nas boas resoluções, que provavelmente passarão por uma melhor gestão (conseguirei?) do meu tempo online. O temporizador de cozinha que pedi – e recebi! – no Natal deve ajudar-me.

Termino com o ENORME orgulho que tenho no #trasgoamavel. Não sei se participaram, mas na minha perspectiva o Natal pode ser visto vivido de 3 formas: consumista, religiosa ou mágica. As crianças têm pensamento mágico e vê-las procurar o boneco dia após dia, pedirem para ler as suas cartas, fazerem o que ele ia pedindo… enche-me o coração. O trasgo cá de casa foi embora com o Pai Natal e já sinto saudades dele! A Filipa Branco criou um boneco absolutamente adorável e super perfeito nos pormenores. A.D.O.R.O tudo no trasgo, que ganhou um lugar cativo no nosso Natal ❤

OBRIGADA por estarem desse lado (se chegaram ao fim deste looongo artigo são mesmo resistentes). Se quiserem deixem um comentário (sim, por favor), gosto de vos ler.

Votos de bons balanços e resoluções de Ano Novo e… até já!

melro


Se este é o 1º artigo do Mãegazine que lêem – sejam bem-vindos, chegaram mesmo a tempo de celebrar os 100 artigos! 🎉 Espreitem as temáticas aí do lado direito. E podem seguir através de mail, Facebook ou Pinterest.

 

13 comentários sobre “Balanço de 2015 | Mãegazine

  1. Em resposta à pergunta que fazes logo em cima. Se não somos mães o que procuramos aqui?
    Tu mesma deste a resposta: “ser melhor mãe e pessoa em geral, ter mais paz de espírito neste caos que vivemos, tentar viver uma vida simples num mundo demasiado ruidoso e consumista.”
    É isto que procuro quando leio os teus textos, que gosto bastante, independentemente de terem, ou não, muitas letrinhas para ler!

    Beijinhos

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    1. Estive a pensar no teu comentàrio e vou editar o texto: não quero excluir ninguém! ainda por cima porque conheço mães, não mães, pais e não pais, avos e tios que lêem o site! beijinhos e obrigada pelo feedback!

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  2. Pois, e eu leio porque me revejo aqui e ali, mãe de três (8,9 e 13), ando sempre à procura de instruções que me guiem, que me esclareçam ou que me sosseguem. E é pela noite dentro que vou lendo para, no dia seguinte enquanto estamos a jantar, apresentar as ideias, quando as há (que é quase sempre). Foi assim que conheci o conceito de trasgo. Adorei o Trasgo Amável, não o adquirimos, mas, em substituição, fizemos uns quantos calendários para o advento, que deram imenso trabalho, é certo, mas muito gozo. Aliás, ainda estão em processo de finalização (só na véspera é que estou a colocar os conteúdos, que devem ser conciliados entre si), pois o tempo não chega para tudo. Fizemos um apanhado de várias ideias e juntámos aos ditos chocolates, ações, tarefas e uma meia dúzia de pedidos pessoais, que iam de uma noite em casa da avó a um pacote de batata frita, por exemplo. E como também, aqui, queremos que o cenário natalício seja, essencialmente, mágico, que sirva para enraizar valores, fizemos com que as nossas três versões de calêndario fossem até ao Dia de Reis.

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  3. Os teus textos lêem-se de um trago! Eu diria até com alguma avidez… 🙂 E adoro os teus desenhos!
    Obrigada pelo teu tempo e dedicação!
    Beijinhos e até breve!
    😉

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