Um dia

Um dia é o título de um livro que li num dia que por acaso é o dia de aniversário do meu filho mais pequeno

Um dia veio lá parar a casa vindo de uma escola de um dos filhos, para ler em família. E foi o que fizemos

Um dia foi lido pelo filho mais velho, à luz de uma lanterna debaixo dos lençóis. Chorámos os dois copiosamente, ainda por cima por causa do aniversário celebrado nesse dia

Um dia fala do amor de uma mãe que fica a olhar para a sua filha a dormir e sonha com o seu futuro: em que ela tratará da sua vida, em que tem grandes alegrias e grandes tristezas, quando começa a sua própria família e quando envelhece… e se recorda da sua (já ausente) mãe

Perdoem o spoiler, mas um dia é mesmo disso que trata – da passagem dos dias e, consequentemente, da vida, ilustrado de forma poética e singela

Um dia dói tanto aos pequenos como aos grandes, que se revêm na mãe que se vai apagando da vida da filha, mas é tão bonito!

Um dia fez-me pensar na vida. No aniversário celebrado do mais pequeno. Em como o mais velho, que já lê histórias, foi assim, pequeno – e agora já lê histórias

Um dia fez-me pensar no porquê deste meu espaço online – em como quero realmente que contribua para acrescentar alguma coisa a quem por aqui passa e (me) lê

Um dia quero escrever de forma mais regular, para desenvolver ideias que me são tão caras – como as (mínimas, pequenas, médias e grandes) tradições pautam a nossa vida e marcam a infância (e porventura adolescência, mas ainda não cheguei lá) dos nossos filhos
Um dia vai chegar, ao seu ritmo, mais cedo ou mais tarde