Vem este mãedamento de uma constatação – sorrio muito menos do que sinto que deveria. Isto de andar a toque de caixa e manter as coisas a funcionar tem mesmo algo de militar (daí o quartel general) – a disciplina. Mas corre-se o risco de se andar sempre de semblante fechado, a assegurar que as coisas aconteçam todas (chegarem a horas às aulas, jantarem atempadamente, dormirem cedo, etc).
Esta maratona casa – escola – trabalho – escola – casa (serei só eu?!) acaba por ser um bocado monótona e rapidamente nos esquecemos de reparar nas coisas pequenas. Aquelas onde a vida acontece se estivermos atentos.
E quando estamos atentos, relaxamos e divertimo-nos mais. Mas é terrivelmente difícil relaxar (#fabiennelepicsaidomeucorpo).
Depois de ver o vídeo essencial para todas as pessoas que têm entrevista de trabalho e/ou apresentação importante, fiquei a pensar nesta coisa de que o corpo afecta o estado de espírito. Ou seja, se estiver um bocado pro chateada ou stressada e se sorrir, o meu cérebro liberta umas hormonas correspondentes ao efectivo bem estar que provoca o sorriso. É extraordinário, não é? Não percebo nada do assunto, mas tem que ver com os neurónios espelho e essas coisas giras da neurologia.
Pois que agora, timidamente, vou-me esforçando para sorrir claramente de forma forçada: quando estou sozinha no carro, parada no trânsito; no meio de uma crise de berros e birras e choros. E não é que me sinto melhor?
Se este é o primeiro mãedamento que lêem, francamente não sei onde têm andado. Aqui no Mãegazine publicam-se artigos para quem não tem tempo a perder com palermices. Habitualmente o tom não é este, mas a Fabienne Lepic costuma habitar a autora deste site com alguma frequência mais do que ela gostaria. Isto não é propriamente uma cena esotérica, mas se conhecerem a série, saberão exactamente ao que me refiro. Podem acompanhar as próximas cenas destes episódios do Mãegazine subscrevendo por mail ou seguindo pelo Facebook ou Pinterest. Aufidersine gudbai