Eles andam aí: tatuagens, colares, pulseiras, berloques e, em menor número, t-shirts e afins.
Podemos separar entre os que são perenes (tatuagens), os ornamentais (bijuteria) e os restantes (acessórios, decorações, etc).
Penso que nós, mulheres, os batemos aos pontos, ostentando despudoradamente estes sinais exteriores, sobretudo os ornamentais. Os homens costumam ficar-se mais pelas tatuagens (ou por molduras ou presentes feitos na escola expostos no local de trabalho).
Sei muito pouco sobre isso, mas deve ser uma coisa antropológica – trazer os que nos são próximos connosco.
Lembro-me de ter aprendido que o canibalismo é muito raro, pelo menos com a imagem que lhe associamos – gente a comer um belo naco de coxa do seu semelhante. O que se passa é que por vezes se comem as cinzas de um familiar, ou parte da placenta, de forma a se ‘apropriar’ de determinados traços do carácter daquela pessoa que faleceu, ou a força anímica do bebé que nasceu.
Por estas bandas, carregadas de tecnologia, estarmos próximos dos nossos nunca foi tão simples – basta ligar um smartphone para vermos quem queremos. Ainda assim gostamos de os trazer connosco noutra forma, para dar sorte, para nos acompanhar.
Por vezes dou por mim a pensar que quem não tem uma tatuagem está em minoria, basta estar atento na praia para se verificar este facto. Os nomes são a opção mais escolhida para gravar na pele, mas animais ou outros símbolos, ainda que de outras culturas, também sobejam.
Quanto aos ornamentos, há cada vez maior e mais sofisticada oferta, sobretudo em prata, que os tempos estão difíceis. Dos bonecos que dão a mão e ou têm saia ou calças; até às contas de conhecidas pulseiras, em versão inglesa (mum) ou americana (mom); às mais recentes versões em português; ou apenas recortes de figuras humanas ou de simbólicas estrelas numa pequena chapa prateada ou dourada – é só escolher. É tudo uma questão de gosto e de carteira.
Eu não sei como é convosco, mas eu trago a minha numerosa família comigo. E vocês?
imagem daqui
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