Calar as vozes

O título deste artigo pode parecer um bocado estranho, mas é assim mesmo.

katie daisy norte

Um dos aspectos que distingue a nossa sociedade ocidental é, justamente, a liberdade de expressão, que como sabemos varia sempre de grau… De um modo genérico podemos dizer e escrever o que nos apetece e a internet, com as redes sociais e os espaços como este, veio permitir que qualquer um partilhasse a sua opinião, quer fosse, ou não, a isso chamado. Continuar lendo Calar as vozes

O preço do descanso ao pequeno almoço

Dinara Mirtalipova

O preço do meu é 1,64€, um sumo e uma torrada.

Há tempos dava por mim a perguntar porque raio é que as pessoas tomavam o pequeno almoço na rua. Gasta-se mais dinheiro, muitas vezes é menos saudável, mas sobretudo sai caro. Afinal para quê?!

Agora que tenho três filhos, horários rígidos a cumprir ,tenho o péssimo hábito de tentar ficar na ronha o maior tempo possível e dou por mim a lutar diariamente para tentar arranjar-me enquanto uma criança brinca de pijama em vez de se vestir, fazer a cama e comer o pequeno almoço; outra atira coisas, bate com portas e entala dedos e outra ainda se recusa a calçar meias e reclama por mais leite nos cereais… – acho que descobri a razão.

Ao contrário da Maria (que para mal dos meus pecados logo me dá logo dez a zero com uma tirada do meu Tolentino), dou por mim a dizer bendito investimento de 1,64€ diários 😛

ilustração de Dinara Mirtalipova

melro

PS – Depois de ler os artigos tão zen da Maria até parece mal o que escrevi, mas cada família tem de encontrar o que melhor se adapta a si e à fase que atravessa. Daqui a uns tempos talvez consiga introduzir a noção de lentidão matinal e comunhão familiar ao pequeno almoço. Por agora é só garantir que ninguém se atrasa…

37 coisas que aprendi em 37 anos

Leo Espinosa

Completei há pouco tempo 37 anos de idade. Enapá!

Sinto que sou mais nova do que o meu bilhete de identidade diz, mas quando estou ao lado de gente na casa dos vinte, sinto que estou noutro patamar – e estou mesmo 😉

A idade traz, efectivamente, maturidade. Há coisas que só sei agora, sei por dentro e não por fora. Ou seja, tenho essa experiência e não estou apenas a reproduzir um chavão mil vezes repetido. É como a questão da empatia, temos de encontrar a emoção em nós para podermos fazer um paralelo com o que outra pessoa sente e esse repertório só se adquire na prática.

Assim sendo, aqui estão umas coisas que fui aprendendo ao longo desta minha vida: Continuar lendo 37 coisas que aprendi em 37 anos

Vamos falar sobre o ‘burn out’ materno?

Esclareço antecipadamente que não sou, de todo, especialista em saúde mental. Mas estou a especializar-me em ler os meus próprios sinais. Por outras palavras, não sou informática nem programadora, mas tenho a atenta óptica do utilizador.

wacky races

Ando agora a ler um livro que acabei por comprar numa promoção – The Fringe Hours. Francamente não estou a achar nada de especial, mas curiosamente a autora aborda exactamente a mesma temática que já aqui tinha esboçado neste artigo: o equilíbrio nas nossas caóticas vidas.

Diz a autora, Jessica Turner, que o equilíbrio é (e cito em inglês) a satisfying arrangement of elements + emotional stability = balance. E depois parte para a questão da estabilidade emocional, como não fazemos do tempo para nós uma prioridade e por aí fora. Concordo e subscrevo em absoluto… com a pequena nuance de que Continuar lendo Vamos falar sobre o ‘burn out’ materno?

A crise dos 7

seteDizem que a crise ataca aos 7, habitualmente anos. 7 anos de casal, 7 anos de qualquer outra coisa. A antroposofia (que está na base da pedagogia Waldorf, ver mais aqui) fala de 9 ciclos de 7 anos: aos 7 caem os dentes, aos 14 é a adolescência, 21 a entrada na idade adulta, 28 é estabilização da vida e por aí fora.

Por aqui a crise atacou aos 7… meses. 7 meses de site. Continuar lendo A crise dos 7

Como educar para a empatia?

É com muito orgulho que aqui publico, em ante estreia, um artigo sobre a empatia. A sua autora é a Doutora Inês Franco Alexandre, psicóloga clínica especializada em Terapia Familiar e doutorada pela Universidade de Coimbra. A empatia, a capacidade de escuta e de verdadeira compreensão do outro são características tramadas, pois exigem muito de nós, mas são também das características mais necessárias para a nossa vida em sociedade. Como sociedade em miniatura que a família é, este artigo faz ainda mais sentido: como educar para a empatia?

abelha empatia

Educar para a empatia

Ao longo dos meus anos enquanto psicóloga e terapeuta familiar, tenho-me perguntado sobre como posso transferir a aprendizagem que vou fazendo com as pessoas com quem trabalho para o mundo da educação e da parentalidade. Continuar lendo Como educar para a empatia?

Ouro, incenso e… livros!

Chegámos ao Dia de Reis!

Noemi Villamuza

Depois de uma intensa e louca semana a publicar – literalmente – diariamente (houve disponibilidade para isso), regresso para encerrar a chave de ouro a época natalícia (que se prolonga por 12 dias após o Natal, com a chegada dos Reis).

Bem ao estilo de nuestros hermanos, cuja igreja se manteve mais próxima da tradição cristã oriental, é hoje dia de prenda por estas bandas. E hoje há igualmente dois livros para oferecer, mas seguem ambos para a mesma pessoa! 😀 Continuar lendo Ouro, incenso e… livros!