Em defesa do Pai Natal

Aviso – este é um artigo altamente tendencioso, pessoal e parcial. Se procuram factos científicos a favor ou (sobretudo) contra, estão no sítio errado. Depois não digam que não avisei.

Sou uma mãe horrível. Não só faço os meus filhos acreditarem no Pai Natal, como alimento a coisa e – pior de tudo – tenho algum orgulho nisso.

Que lata!

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O Pai Natal anda a passar um mau bocado, Continuar lendo Em defesa do Pai Natal

Consumo responsável | Primeiros passos

Passaram 2 semanas desde que assisti à conferência da guru do desperdício zero e uma desde que vi o documentário Before the flood, como escrevi aqui.

Roma e Pavia não se fizeram num dia e aqui registo as primeiras impressões de uma tentativa consciente e deliberada de consumir melhor e poluir menos.

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Consumo responsável e desperdício (quase) zero

Acabei agora mesmo de ver o filme documentário Before the flood, de Leonardo Di Caprio, e os factos são assustadores, o que se está a passar no planeta Terra, a nossa casa comum, devia fazer-nos reflectir e tomar posição.

O filme, aqui legendado em português, termina com uma nota de esperança que repousa na nossa própria postura, passiva ou proactiva. Interpela-nos a termos um consumo responsável, do nosso estilo de vida, do que comemos, do tipo de energia que consumimos.

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Quando a psicologia positiva *não* é uma alternativa

Começo o artigo com um esclarecimento prévio.

Como tenho (muito) pouco tempo livre, leio pouquíssimos blogues. Tenho os meus mentores de educação parental em quem confio plenamente e que escolhi por me rever em toda a linha e não apenas nalguns aspectos – e são ambos estrangeiros. Tampouco sou especialista na matéria, mas leio mesmo muito e vou criando umas ligações aqui na cabeça.

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Posto isto, tropecei num artigo que diz psicologia positiva o tanas, que berrar baixo é muito bonito na teoria (e é) e é horrivelmente difícil na prática (e é) e dá a entender que é uma treta inventada para vender livros e quejandos. E nos comentários diziam que era aquilo tal qual e psicologia positiva para as urtigas ou lá perto. E alguém, em clara minoria, comentava que a psicologia positiva era uma de muitas abordagens possíveis (será?) e que todas estavam certas (estarão?) mas que ela, por acaso e em contracorrente com as ideias ali partilhadas, até se dava bem com ela.

Mas há casos em que pura e simplesmente não há alternativa à psicologia positiva. Tem de ser mesmo positiva, ou gentil, ou o que queiram chamar.

E passo a explicar porquê. Continuar lendo Quando a psicologia positiva *não* é uma alternativa

#semstress (ou lá perto) em 15 pontos

(este site é meio magazine meio blogue onde vou partilhando ideias mundanas ou profundas. Certos textos partem da minha experiência, que não pode ser radicalmente diferente da de muitas mães por este país mundo fora. Este encaixa-se nesta categoria)

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Assumo ser uma stressada. Não era assim antes de ter filhos. Mas, não sei como, três putos à perna fazem-me ser a Fabienne Lepic da série francesa que passa na RTP2 (1ª temporada).

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Da mudança

Não é novidade nenhuma: se há algo que caracteriza a vida, esse algo é a mudança. Mas partindo desta evidência, há muitas nuances e subtilezas.

Há mudanças discretas, subtis, caladas, mínimas, internas, íntimas.

Há mudanças sonoras, estrondosas, inesperadas, súbitas, chocantes.

Uma e outra podem provocar sismos internos (ou externos). E ambas podem coincidir, dependendo da perspectiva.

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Mar com tempestade, de Ando Hiroshige (o meu artista favorito de *sempre*) Continuar lendo Da mudança

B  A  BA do stress 

Sei, por experiência própria – por estudar, por ler, por analisar – que o stress é tramado. Para quem tem filhos, sobretudo pequenos, o stress pode ser mesmo brutal (e soltamos o animal facilmente). Escrevi sobre isso no artigo Vamos falar sobre o ‘burn out’ materno?

O stress é uma resposta biológica, primária, e serve para nos defendermos. Defendermos das ameaças externas, dos perigos.

Agora já não são as intempéries, a falta de comida para caçar ou colher ou as tribos rivais (ideias de quem não é antropóloga, ah ah), mas são a falta de estrutura familiar de apoio, as exigências laborais, o tempo passado no trânsito ou nos transportes, as inúmeras exigências da vida numa capital europeia, às quais se juntam as pequenas e acumulativas chatices de uma vida corriqueira e, last but not least, o desafio que é ter 3 miúdos com idades inferiores a 7, com carácter bem (bem) (mesmo bem) vincado…

O nosso cérebro responde de uma de 3 formas ao stress: ou atacamos, ou fugimos, ou congelamos.

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